“Nós somos os condutores, e eu - Ministro de um Tribunal cujas decisões
os próprios Ministros não respeitam - sinto-me, triste. Como contribuinte, que
também sou, mergulho em insegurança, como um passageiro daquele vôo trágico em
que o piloto que se perdeu no meio da noite em cima da Selva Amazônica: ele
virava para a esquerda, dobrava para a direita e os passageiros sem nada saber,
até que eles de repente descobriram que estavam perdidos: O avião com o
Superior Tribunal de Justiça está extremamente perdido.
Agora estamos a rever uma Súmula que fixamos há menos de um trimestre.
Agora dizemos que está errada, porque
alguém nos deu uma lição dizendo que essa Súmula não devia ter sido feita
assim.
Nas praias de Turismo, pelo
mundo afora, existe um brinquedo em que uma enorme bóia, cheia de pessoas é
arrastada por uma lancha. A função do piloto dessa lancha é fazer derrubar as
pessoas montadas no dorso da bóia. Para tanto, a lancha desloca-se em linha
reta e, de repente, descreve curvas de quase noventa graus. O jogo só termina,
quando todos os passageiros da bóia estão dentro do mar. Pois bem, o STJ parece
ter assumido o papel do piloto dessa lancha.
Nosso papel tem sido derrubar os jurisdicionados.”
Um comentário:
André qual a referência desse julgado? Indique-a, por favor. Gostaria de saber em que contexto o Ministro disse isso.
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