quinta-feira, setembro 23, 2010

Só um lembrete do Quintana...

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo:
Não deixe de fazer algo que gosta, devido à falta de tempo,
pois a única falta que terá,
será desse tempo que infelizmente não voltará mais.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Esta questão caiu no último Exame da OAB:

O município de Abaeté instituiu taxa de limpeza urbana, a ser exigida em
conjunto com o IPTU, de todos os proprietários de imóveis situados nos limites
territoriais do município, para fazer frente às despesas com a limpeza de logradouros
públicos. Um dos proprietários de imóveis naquela localidade, Lino A., sentiu-se
prejudicado com a cobrança, ao receber o boleto de pagamento do IPTU e da taxa de
limpeza urbana com os valores de R$ 1.650,00 e de R$ 450,00, respectivamente. Em
razão da cobrança da referida taxa, Lino A. resolveu procurar auxílio de profissional
da advocacia, para livrar-se do encargo.

Em face dessa situação hipotética, apresente os fundamentos jurídicos em defesa dos interesses de Lino A.

terça-feira, agosto 31, 2010

Sinopse da obra

Esta obra é fruto de uma ampla reflexão sobre os institutos basilares do Direito Tributário, abordando desde a temática da atividade financeira do Estado até a extinção do crédito tributário, passando pela análise jurídico-constitucional em torno da formação do crédito tributário e do fato gerador da obrigação tributária, sempre procurando definir os conceitos tributários com exemplos práticos vivenciados pelo Autor em seus dez anos de advocacia empresarial e tributária. Temas como as imunidades tributárias, o orçamento participativo e os princípios orçamentários, além de um capítulo dedicado à regra-matriz de incidência, integram o presente livro, que pretende, sem perder o necessário didatismo, apresentar com foros de cientificidade, os fundamentos do Direito Tributário, em suas mais variadas vertentes. 

Lançamento do livro!

Realmente publicar um livro é um sonho...  Ele já está à venda exclusivamente no site www.clubedeautores.com.br, procurando no menu temático (à esquerda do site), em Direito.  Chama-se Fundamentos do Direito Tributário e será vendido na faculdade, mas não por agora...

Porém, para que vocês evitem o custo do livreiro, recomendo a aquisição direta no site acima.  Após, é só trazê-lo que eu faço a dedicatória.

O prefácio é do Prof. Alain Alan

Abs.,

André Medeiros

quinta-feira, agosto 12, 2010

Olhem a notícia sobre a LDO, tema das atuais aulas de Financeiro (mandem seus comentários):


Relatório mostra que próximo presidente terá liberdade para definir obras



Brasília - Mesmo com o encargo de administrar um orçamento aprovado ainda no governo Lula, o próximo presidente que toma possa em 1º de janeiro de 2011 terá praticamente total liberdade para definir que projetos e obras constarão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A avaliação faz parte de uma análise preliminar da Consultoria de Orçamento do Senado dos 29 vetos presidenciais ao texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada pelo Congresso, e outros 603 dispositivos ao Anexo de Metas e Prioridades.

Na próxima semana, a consultoria deve divulgar uma nota técnica detalhada sobre os reflexos dos vetos. Essa flexibilidade na administração do PAC deve-se ao fato de, segundo os consultores do Senado, com os vetos, o Artigo 4º da lei manter apenas o conceito de que as ações do PAC serão prioritárias.

“Podemos concluir que o próximo governo terá ampla discricionariedade para chancelar o que é e o que não é PAC. A ausência de especificação das ações do PAC no Anexo de Metas e Prioridades, devido ao veto presidencial, proporciona ao próximo governo definir as ações que devem ser carimbadas com a expressão PAC”, informa o texto da avaliação preliminar dos consultores de orçamento.

Cabe lembrar que ao encaminhar o projeto de lei ao Congresso, no primeiro semestre, o Executivo não elaborou esse anexo de metas. O anexo foi feito pelos senadores e deputados da Comissão Mista de Orçamento a partir de emendas parlamentares acatadas pelo relator Tião Viana (PT-AC).

Na análise, os técnicos destacam que o governo desconsiderou a maior parte das emendas coletivas aprovadas pelo Congresso. O argumento para os vetos foi de que nem sempre é possível incluir no orçamento todas as ações relacionadas como metas e prioridades. Na justificativa, o governo afirmou ainda que, ao abordar novas ações no anexo, os parlamentares não observaram a possibilidade de financiamento.

Assim, os consultores consideram improcedentes os argumentos governamentais. Eles se respaldam no Artigo 4º que “solicita apenas que o Poder Executivo justifique o atendimento de outras despesas em detrimento das aprovadas no Anexo de Metas e Prioridades”.

Outro ponto destacado pelos técnicos do Senado diz respeito a um novo dispositivo para a criação das Zonas de Processamento de Exportação (ZPE). A proposta aprovada pelo legislativo previa como prioritárias as ações referentes ao apoio à infraestrutura das áreas externas de ZPEs, envolvendo a instalação de vias de transporte para acesso, fornecimento de água e luz, provimento de saneamento básico e de rede de fibras óticas.

O Poder Executivo vetou a sugestão por considerar que infraestrutura das áreas externas das ZPEs é de competência dos proponentes, sendo a comprovação de disponibilidade financeira, de infraestrutura e de serviços, requisito para a aprovação do projeto e, consequentemente, à sua criação.

Para os técnicos do Senado, o argumento não procede. “A menos que não se tenha vontade política, nada impediria que o governo federal considerasse como prioritários os investimentos em ações de apoio às áreas de acessos externas às ZPEs, e atuasse em parceria com seus proponentes, mesmo porque o governo federal tem sido um dos entes federativos mais interessados em aumentar o volume de exportação do país”, informa o documento preliminar.

Os consultores avaliam, também, que essas ações passam a ser prioritárias pelo fato de as ZPEs serem instaladas, em grande parte, em regiões menos favorecidas economicamente e onde estados e municípios não dispõem de recursos fiscais suficientes para a completa instalação das áreas.

Outro veto “discutível” na avaliação dos técnicos é o que disciplinava que os crescimento percentual dos investimentos públicos fosse maior que o crescimento das despesas correntes discricionárias. Esse mecanismo, segundo o texto, “visa a inibir o aumento desnecessário dos gastos com a manutenção da máquina pública”.

A justificativa do Executivo para esse veto é que a medida “merece avaliação cuja complexidade não pode se reduzir à comparação entre os níveis de gastos correntes e de investimentos”.


FONTE: A TARDE

quarta-feira, agosto 11, 2010

DIA DO ADVOGADO!

A celebração deste 11 de agosto, dia da criação dos cursos jurídicos no país, representa também a data escolhida para parabenizarmos a classe advocatícia, composta por profissionais representantes da mais importante entidade da sociedade civil organizada, sendo uma verdadeira voz da cidadania e exaustiva combatente do arbítrio e da violência.
Já desde o seu surgimento, cremos que a comunidade composta por advogados, tornou-se notória por sempre manter-se ativa e vigilante no desempenho de sua missão institucional de guardiã das liberdades civis, da democracia e do Estado de Direito; todavia, desde o ano pretérito, seus membros viram-se assolados por acontecimentos deletérios que atingiram, desde o desrespeito às prerrogativas destes profissionais, que nada mais é do que a violação dos direitos dos cidadãos, até a cruéis e fatídicos acontecimentos, como foram os assassinatos ainda não resolvidos de alguns de seus membros ou a invasão de seus escritórios.

Pois bem, vivenciando o Direito como um todo, infelizmente temos a perceber também, que a proliferação indiscriminada de cursos jurídicos de baixa qualidade no país, em adição ao surgimento de comportamentos de poucos maus profissionais que andaram a desviar normas disciplinares de sua classe, tornaram, a mais bela das profissões, por vezes e injustamente, desvalorizada e carregada de preconceitos.
Acontece que, mesmo diante de tantas adversidades, é sabido que a sociedade pode contar com o apoio dos advogados, vez que, é na maioria das vezes, eles são os únicos em que ela deposita sua confiança, facilitando o acesso à justiça para todos, bem como fazendo cumprir direitos básicos que são esculpidos pela Constituição Brasileira, frente às várias dificuldades, deficiências e mazelas existentes no Poder Judiciário que somente pode se movimentar quando instigado.

É preciso, todavia, ter em mente que o prestígio de que ostenta tal classe em todos os três poderes da República do Brasil é, fundamentalmente, a conseqüência do prestígio que a sociedade reconhece em cada advogado, estampados em valores adjetivados como sendo a retidão moral, a honradez e a bravura existente em cada profissional, qualidades estas que lhe fazem credor da admiração e do respeito das pessoas como um todo.
Assim, mesmo com a atual situação adversa e deveras alarmante ora vivida, é por essa razão que nos cumpre expressar com ênfase, que devemos comemorar sim o Dia do Advogado, agradecendo a cada colega, pela seriedade com que se empenham no trato de suas causas, pela serenidade com que oferecem conforto à angustia dos que lhe procuram, além do denodo na defesa de seus clientes, aliado ainda à independência com que exercem esta magnífica profissão secular que é a advocacia, pois sem esta não haveria de se produzir Justiça e sem a qual não se asseguraria o valor constitucional da igualdade, da liberdade e da democracia.

Aos advogados brasileiros, neste seu dia, nossas sinceras homenagens de agradecimentos envoltas em luz, desejando ainda contínuo trabalho, primando pela ética, lealdade, ética e competência, sempre na defesa dos direitos do cidadão, da sociedade e da democracia pátrias.


segunda-feira, julho 12, 2010

CORDEL DA COPA 2010 NAS ONDAS DO HUMOR

Autor: Antonio Barreto, natural de Santa Bárbara/BA, residente em Salvador.

Perante os olhos do mundo
Nos meses de junho e julho ( 2010)
A África do Sul foi palco
Para todo nosso orgulho
Da décima nona Copa
Com grandeza e barulho !

Aproveitei o momento
Peguei caneta e papel
E por falta de transporte
Eu montei num “carrocel”
Para consultar o povo
E fazer esse cordel.

Não queira pra mim ligar
Fazendo reclamação
Escute o que o povo disse
E veja quem tem razão:
Esse simples cordelista
Ou os chatos de plantão:

O POVO não sabe nada,
Se equivoca todo dia.
Quem tá certo é o ANIMAL
Com sua sabedoria.
Sou mais o POLVO alemão:
Nota 10 em profecia !

O Dunga pisou na bola
Kaká desapareceu
Júlio César levou frango
O Robinho se perdeu
E o pobre do torcedor
Novamente padeceu !

O nosso Daniel Alves
Outrora grande guerreiro
Dessa vez não jogou
Cochilou o tempo inteiro
Lembrando o tempo de baba
Na querida Juazeiro !
O tal Luis Fabiano
Feito um boi que arremete
De Fabuloso passou
A jogador de basquete.
Se continuar assim
Vai fazer gol de “boquete”!

Felipe Melo trocou
Futebol por capoeira
Prejudicando o Brasil
Na partida derradeira
Dando coice três por dois
Com a sola da chuteira !

­– De todos, só se salvou
Uma dupla de zagueiros:
O velho Lúcio e Juan
Nossos heróis altaneiros
Que lutaram com grandeza
Como lutam os guerreiros.

Depois daquela derrota
De 2x 1 para a Holanda
Eu curei minha ressaca
Conforme a receita manda:
Laranjada bem cedinho
No barzinho e na quitanda !

Ainda bem que a Argentina
Desmaiou, caiu na lona
Tomou 4 da Alemanha
E logo ficou doidona
Acabando com a arrogância
Do marrento Maradona.

Não sei quem mais incomoda
Fazendo barulho na tela
A voz do Galvão Bueno
Grande chato-tagarela
Ou o ruído estridente
Da famosa vuvuzela !

­– A mais bela das façanhas
Por Dunga realizada
Foi a peleja com a Globo
Pois ali foi goleada:
10 a 0 para o técnico
Na poderosa retada !

Aprenda como fazer
Um argentino chorar
A receita é muito fácil
Agora vou lhe ensinar:
Close, muito Klose neles
E veja no que vai dar !

Quem teve pena do Dunga
E do técnico Maradona
Não precisa ficar triste
E nem tomar dipirona
Os dois foram contratados:
Gandulas do Barcelona !

Aquele juiz gatuno
Que marcou gol ilegal
Devia ser transferido
Pro Distrito Federal
Por certo seria eleito
Deputado Federal !

Achei graça dos juízes
E também dos bandeirinhas
Promovendo um show a parte
Por dentro e fora das linhas.
Pareciam com os árbitros
Que apitam peladinhas !

Teve o artilheiro zero
Que não fez sequer um tento
Acredite se quiser
E por isso eu lamento:
Foi o argentino Messi
Que jogou bem sonolento !

O brasileiro quer bis
Na nova contratação
Que venha outro gaúcho
Nosso amigo Felipão
Deixe o Dunga em Porto Alegre
Tomando seu chimarrão !
Essa história de chamar
O técnico de professor
É de dar água na boca
Em qualquer educador
Que na escola passa a ser
Um eterno “sofressor” !

A França foi reprovada
Pra cumprir a sua sina
Pois não tendo marmelada
Ela sempre desafina
E coloca no pescoço
A famosa guilhotina. !

A Itália do velho Dante
Dessa vez foi um fracasso
Voltou pra casa bem cedo
Até logo, aquele abraço !
Em vez de céu, purgatório
Depois inferno, embaraço !

Foi também um show a parte
As bobagens do pateta
Aquele da rede Globo
Galvão Bueno, profeta
Que quando fica calado
Se torna um grande poeta.

Pela leitura dos lábios
A gente conhece o “lalau” !
Então vi que um bandeirinha
Com cara de lobo-mau
Dizia para o juiz:
Estou sem óculos de grau”!

Maradona liberou
Sexo na concentração
Mas já rolava beijinho
E abraço de montão...
Do jeito que a coisa anda
Vai rolar um surubão !

A bola Jabulani
Que agora foi testada
Deu a impressão que era
Uma pelota quadrada
Pois durante toda a Copa
Foi deveras maltratada !

Ficou por conta do Bruno
A grande decepção
O goleiro do Flamengo
Assassino de plantão
Que com sua crueldade
Fez chorar toda a Nação.

­– Parabéns para a Espanha
Que ao som da vuvuzela
Foi a grande vencedora
E deixou de ser donzela !
Ganhou seu primeiro título
E gritou: a vida é bela !!!

Adeus África do Sul
Adeus povo varonil
No ano 2014
Nós estaremos a mil
E a Copa então será
Com fé em Deus do Brasil.

Mas cuidado com seu bolso,
Pois muita coisa ocorreu
Durante a Copa do Mundo
E o povo não percebeu...
Depois não venha dizer
Que o maluco aqui sou eu !
FIM

Salvador, 11 de julho de 2010

quarta-feira, abril 07, 2010

QUANTO TEMPO DURA O AMOR ?


Por: Roberto Shinyashiki


Pode parecer estranho o que eu vou dizer, mas um dos maiores mitos do amor é que ele morre.
Parece até que o amor funciona como se fosse um saco de areia com um pequeno furo, que vai se esvaziando, inevitavelmente, até acabar.
Pois eu asseguro que o sentimento amorável não acaba. Na verdade, se isto ocorrer, é porque ele foi destruído.
E tem mais: muitas vezes ele é destruído por quem mais deseja que ele permaneça para sempre.
Como pode acontecer uma coisa dessas?
É que as pessoas, colocando na cabeça a certeza de que o amor vai acabar, involuntariamente contribuem para que isto aconteça.
Sem querer, preparam-se para confirmar esta crença.
Imagine, por exemplo, uma mulher que , depois de alguns anos de casada, acha que o marido não a ama mais. Pronto! Está plantada a semente da crença.
A partir deste momento, para regar esta dúvida, essa mulher procurará confirmá-la.
Ela juntará mais e mais provas de que a relação não vai bem, e começará a exercer tamanha pressão que colocará em risco justamente o amor que pretende preservar.
Muitas mulheres reclamam que os homens não a conquistam como nos tempos de namoro.
Na verdade, a conquista é motivada pela insegurança do homem. Depois de casados, para descartar a insegurança, a mulher entra no jogo e pode até se anular, como se dissesse a ele: "Pode ficar tranquilo, já sou inteiramente sua, não há risco de você me perder".
Ela se tornou um objeto só para dar segurança ao seu homem. Em outras palavra, para "evitar" que o amor termine.
*"O erro" consiste em querer dar segurança ao outro. Isto não é possível. A segurança tem de nascer e brotar de dentro da cada um.
O amor cresce quando duas pessoas inteiras optam por crescer juntas.
Veja, crescer é diferente de se completar.
Aliás, esse é outro mito do amor: que o relacionamento só dá certo quando um completa o outro.
O perigo, no caso, é que , quando um tenta completar o outro, pode, mais uma vez, se anular.
A expressão "cara-metade", portanto, está redondamente enganada. Cá entre nós, quem é que gostaria de mesmo de conviver com uma metade?
As pessoas têm de estar inteiras numa relação. Só assim o amor vai se desenvolver livremente.
Mudando, evoluindo, ganhando novas cores, sabores nunca experimentados, o amor deixa de ser uma ilusão para se tornar uma aventura maravilhosa e única.

quarta-feira, março 17, 2010


Saber Viver 

Não sei... Se a vida é curta 
Ou longa demais pra nós, 
Mas sei que nada do que vivemos 
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. 

Muitas vezes basta ser: 
Colo que acolhe, 
Braço que envolve, 
Palavra que conforta, 
Silêncio que respeita, 
Alegria que contagia, 
Lágrima que corre, 
Olhar que acaricia, 
Desejo que sacia, 
Amor que promove. 

E isso não é coisa de outro mundo, 
É o que dá sentido à vida. 
É o que faz com que ela 
Não seja nem curta, 
Nem longa demais, 
Mas que seja intensa, 
Verdadeira, pura... 
Enquanto durar.

(CoraCoralina)

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Link para meu mais novo artigo (Revista do TRF da 1.ª Região):

MEDEIROS, André Antonio A. de. Os conselhos de contribuintes como espaços democráticos: um exercício de cidadania fiscal. Revista do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Brasília, v. 21, n. 10, p. 62-67, out. 2009. Disponível em: . Acesso em: 16 dez. 2009.

http://bdjur.stj.jus.br/xmlui/bitstream/handle/2011/26499/conselhos_contribuintes_espacos_democraticos.pdf?sequence=1

Contra-razões ou Contrarrazões de apelação?

1) Ante as recentes modificações quanto ao emprego do hífen, ocasionadas pelo Acordo Ortográfico de 1990, diversos leitores indagam qual a forma correta da expressão: I) Contra-razões de apelação; II) Contrarrazões de apelação?
2) Antes de mais nada, a título de introdução, observa-se que a maioria dos gramáticos defendiam que o emprego do hífen era assunto que carecia de sério e profundo trabalho de sistematização e simplificação. Longe de melhorar a situação, o que o Acordo fez foi complicar ainda mais o que já era difícil.
3) Mas tentemos solucionar a questão. Pela regra do Acordo Ortográfico, quando se tem o prefixo contra, emprega-se o hífen em dois casos: I) se o segundo elemento começa por h (contra-habitual, contra-harmonia, contra-haste, contra-homônimo); II) quando a palavra seguinte se inicia com a mesma vogal que termina o prefixo (contra-acusação, contra-almirante, contra-apelação, contra-arrazoado, contra-arrestar, contra-ataque).
4) Nos demais casos, não há hífen (contrabalançar, contracapa, contracheque, contraescritura, contrafé, contrainterpelar, contraoferta).
5) Além disso, se a palavra seguinte se inicia por r ou s, tais consoantes são duplicadas, mas não se usa o hífen (contrarreforma, contrarregra, contrarréplica, contrasseguro, contrassenso, contrassistema).
6) De modo prático para o caso da consulta, vê-se que o correto, agora, é contrarrazões, e não mais contra-razões.
7) Adiciona-se ponderação importante: o ato de argumentar e escrever as razões de apelação tanto pode ser razoar como arrazoar; desse modo, oferecer a respectiva resposta tanto pode ser contrarrazoar (que é o resultado de contra + razoar) como contra-arrazoar (resultado de contra + arrazoar).
Fonte: Migalhas

terça-feira, fevereiro 02, 2010

O Professor


O Professor Está Sempre Errado
O material escolar mais barato que existe na praça é o professor! (Jô Soares)
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Precisa faltar, é um 'turista'.
Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor...
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.
É o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.
(Fonte - Revista do Professor de Matemática, no.36,1998.)

sexta-feira, janeiro 22, 2010

O MEDO CAUSADO PELA INTELIGÊNCIA


Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas.

O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: - "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável! Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta".

Ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pôde dar ao pupilo que se iniciava n'uma carreira difícil. Isso, na Inglaterra. Imaginem aqui, no Brasil.
Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa: - "Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma Ciência".

A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas e de chefia é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência. Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições.

Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes
que não revelam o apetite do poder. Mas, é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.

Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do Elogio da Loucura, de Erasmo de Roterdan, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida.

É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar.

Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender.

É um paradoxo angustiante. Infelizmente temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida. Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues: - "Finge-te de idiota e terás o céu e a terra".